quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Isso sim é ser original

Quer conhecer um trabalho genial?
Acesse o You Tube desse cara e se surpreenda.


Se demorar a abrir clique aqui: http://www.youtube.com/user/PatrickBoivin


Incrível.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Agora eu sei de quem herdou a preguiça



Um pouco de luz

"A aceitação do que aconteceu
é o primeiro passo para superar
as consequências de qualquer infortúnio"

William James - Filósofo

domingo, 21 de fevereiro de 2010

A Lua na janela

Olho para a janela
e vejo uma lua diferente
Com uma presença que me faz notar
Absoluta

Hoje, a lua mesmo crescente está gigante, enorme
Como se quisesse aparecer mais do que sua irmã,a lua cheia

Estranho isso,
o de eu reparar na lua nessa fase,
Pois geralmente é a irmã gorda que atua em meu pensar

Li em algum lugar
que a lua está mais próxima da terra
e talvez isso explique meu espanto

Me perguntaram a uns dias atrás,
se sentia a influência do astro nas minhas decisões.
Disse que não, pois realmente nunca reparei essa ação.

Mas agora refletindo, de alguma forma,
astrologicamente a pérola celeste se faz presente
E torna minha vida uma constante mudança de fases

Hoje não sei em qual me encontro
Provavelmente a nova
A que não aparece
A vazia,
sem luz

Mas como fases
O sol voltará a iluminar
E pelo brilho de outro astro
Brilharei

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Um conto

"E toda manhã,
mecanicamente tocava sua rotina:
acordar, sair com o cachorro,
algum exercício físico,
banho e trabalho.

No trabalho,
encontrava em meio ao caos, sossego.
Problemas, tarefas, reuniões,
o consumiam de tal forma
que conseguiam abafar o fino e constante chiado
que seu coração emitia.
Como uma cigarra melodiosa cantando.

Ao tornar a casa tarde ou cedo,
buscava uma distração.
Música, livros, revistas, um filme,
brincar com o cão ou o gato,
ou um simples sono sem sonhos.
Algo que só deviasse a atenção do
persistente chiado.

Em algumas noites, festas. Shows.
Um desfile de personagens, marionetes, manequins.
Todos perfeitamente vestidos e preparados para
serem quem não são. Para a vida mediana.
Como surdo, ouvia a todos.
Bocas se mexendo,
sorrisos mudos.

Com o passar das semanas, dos meses,
o zumbido desfez-se,
incorporou-se ao dia-a-dia.
Ficou estéril ao ouvido.
Alguns tons pastéis ganharam vida
Tornaram-se novidade
e quis novamente redescobrir.

QUANTO DURA O TEMPO?
O AMOR DURA AO TEMPO?
O TEMPO PERDURA O AMOR?

Para acordar,
jogou a água que tinha entre as mãos no rosto.
Olhou-se no espelho e viu novos que novos
fios pratas fizeram casa em seus cabelos.
Pode agora lembrar de quando eram poucos
e que agora os poucos eram pretos.

A como todas as manhãs,
voltou ao quarto para despertar
aquela que mudara seu coração.
Que mostrara que a rotina
é só aquilo que praticamos
E descobriu mais uma vez
que se atrasaria para o trabalho."

Não sei se são as coisas, atos, pessoas e momentos que ficam para trás, ou se nós é que os arremessamos para longe. Mas de alguma forma o tempo mais do que horas, nos trás também espaço para nós e para outras pessoas.

O tempo não apaga nada.
Ele adormece as emoções, o necessário para que outras muito lentamente acordem.

Sem Sinal

O carnaval esse ano teve para mim o sabor da ausência
Fiquei alheio a tudo e a todos
Minhas companheiras foram a praia
e as palavras cruzadas

Os blocos, acompanhei da areia, somente o passar
Descobri o bom do horário de verão
Ver todo dia o por do sol em Ipanema
Ah! Impossível se cansar

Dormir sem hora para acordar
Sem bloco para madrugar
Nada para pensar

Além do retiro por opção
Recebi um digital por imposição.
Perdi meu celular, mais um, no sábado de carnaval.
Tirando o aparelho que vou lamentar por muuuuito tempo
Não receber ligação alguma
Foi um presente que me manteve isolado de tudo

Para não falar que na festa pagã não sucumbi a alguma tentação
Fui várias vezes ao cyber para saber do mundo
e não resisti a Sharam/Steve Angelo

Fora isso
Fiquei fora de tudo isso
Que as notícias divulgaram
No maior carnaval do Rio de Janeiro
Virei turista de mim mesmo
Me dei férias
E gostei

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Derrota

Sempre tive na vida
a certeza da vitória.
Ao menos, a continuidade na disputa.

Mas agora já não mais.
Perdi.
Sem ser um desistente.

Não quero festa.
Não vou sair em busca de nada.
Se nos meus 38 anos já vivi diversas paixões
Aprendi que nem sempre conseguimos o que queremos

O amor da nossa vida e sempre o que vivemos
Agora não consigo pensar em querer viver nada
Vou me ocupar do trabalho, da rotina, do nada, da ausência

Não quero me permitir a nada
Só ao meu cão e meu gato
Serão meus ombros mudos

Um dia quem sabe tropeço na felicidade
No fim da vida olharei para o passado e terei essa resposta.