segunda-feira, 14 de abril de 2008

UMA VIDA DELICIOSA

A vida tem acontecimentos cíclicos
As vezes nos recusamos a aceitar, mas é preciso se adaptar a isso.
Dias, meses e anos.
Menstrual, Marés, Estações e outros mais
Cada um tem os seus próprios, alguns secretos.

Alguns não queremos que se repitam nunca mais
Outros queremos que sejam eternos, que se mantenham num ritmo lento, quase congelado
Mas os mais marcantes são aqueles que inesperadamente retornam quando menos esperamos
Aqueles que achavamos que fossem demorar tanto quanto o passeio do cometa Halley pela nossa galáxia.
E são os mais deliciosos

Agora um ciclo novo me apanha e me carrega com ele
E tem forma de menina-mulher,
Com uma fragância só dela,
Que me tornou viciado de seu beijos
Domesticado pelo timbre da sua voz
Amansado pelo seus carinhos e abraços

Esse ciclo quero que gere outros
Meus, dela, nossos
Que contamine outros
Que transforme mães e pais em avós e avôs
Que me transforme
Que marque

terça-feira, 8 de abril de 2008

QUE O AMOR ESTEJA LIVRE

Que o amor esteja livre
Que seja gritado, escrito, declamado como muitos já o fizeram
Os grandes, os imortais, os mortais

Que ele permeie nossa pele, que atravesse os pulmões e que nos turve a visão
Que acelere o coração e nos faça faltar o ar.
Que nos leve a levitar, voar

E mesmo que contido, impedido, um simples olhar, um carinho, um pensamento, um toque, uma conexão qualquer nos baste.
Só você não me basta, te quero em vidas passadas e futuras
Mas mais que tudo, quero te amar agora

INSTANTÂNEO

Uma foto.
Você congelada num milissegundo.
Uma simples imagem mexendo assim comigo.
Mas não é só mais uma foto, é você.
E ela traz muito do que quero e penso.
Ali te sinto menina, quase ouço teu respirar.
Te vejo mulher e tenho ciúmes do Sol, da carícia que ele faz quando toca teu corpo.

Estou ali, naquele quarto, naquele momento e te vejo calma.
Inspirando e absorvendo o que a natureza te oferece com prazer, que você devolve num suspiro lento, bom e perfumado emoldurado por um sorriso feliz.
Imagino-me desatando os laços da pouca roupa que gentilmente te prende e te agarra.
Brincar com a boca, língua e beijos por todo teu relevo.
Sinto o calor que invade o quarto e que me bate na cara
Chamando meu nome
Sussurrando vontades, num pulsar que toma conta de mim
Te sinto fêmea e entre tuas pernas mergulho, respiro.

Estou ali, quando olhas para dentro do quarto com um olhar preguiçoso e um riso nos lábios.
Sou eu que te espero
Te devoro
Te quero
Te amo