segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Uma história de vida

Li esse texto ontem e apesar de não concordar com algumas coisas, e não estar preparado para praticar outras reconheço que são ensinamentos valiosos e quero dividir com todos.

"Texto escrito por Regina Brett.

Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais requisitada que eu já escrevi. Meu taxímetro chegou aos 90 em agosto, então, aqui está a coluna, mais uma vez:
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3 A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.
9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré...
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
26. Encare cada "chamado" desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Independentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que vc fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como vc se sinta, levante, se vista e apareça.
44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente

Regina Brett, 90 anos - Cleaveland - Ohio"

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Chega

Não, não te quero mais
Agora eu que decido
Aonde eu vou
Não, não, não suporto mais
Prefiro andar sozinho*
Como sou...

Andar de madrugada
Feito traça
Feito barata
Feito cupim
Dizer prá mim
Que eu gosto mais de mim
Que eu sou assim
E não tem jeito...

Vai sair da minha vida
Você vai ter que mudar
Da minha casa
De atitude
Chega!
Ainda mais agora
Que eu vou viajar
Prá me livrar de você
Não quero mais ser seu amigo
Nem inimigo
Nada!...

Andar de madrugada
Feito traça
Feito barata
Feito cupim
Dizer prá mim
Que eu gosto mais de mim
Eh!Que eu sou assim
E não tem jeito...

Prá entrar na minha vida
Você vai ter que mudar
Da minha casa
De atitude
Chega!
Ainda mais agora
Que eu vou viajar
Prá me livrar de você
Não quero mais ser seu amigo
Nem inimigo
Nada!...

Prá entrar na minha vida
Você vai ter que mudar
Da minha casa
Dos meus amigos
E chega!
Ainda mais agora
Que eu já viajei
E me livrei de você
Não quero mais ser seu amigo
Nem inimigo
Nada!...

Prá você é o fim da estrada
Com você fechei a tampa
Da minha casa
Dos meus amigos
Chega!
Ainda mais agora
Que eu "vou viajei"
E me livrei de você
Não quero mais ser seu amigo
Nem inimigo
Nada!...

Prá você é o fim da estrada
Com você fechei a tampa
Da minha casa...

Letra: Martinália/ Mombaça
* Licença poética

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Sobre estar sozinho

"Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.

A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre os opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente. Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem. O homem é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou.

Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral. A nova forma de amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.

A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem juntos. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes pensamos que o outro é nossa alma gêmea e , na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto. Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontra das dentro dele mesmo, e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há aconchego o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo."

Flávio Gilkovate - Médico Psicoterapeuta

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ciúme

Para descrever o que é o ciúme,
tentaria contanto uma pequena estória.
Mais ou menos, assim...

"Como um musgo em silêncio abraça a maior das pedras.
Ele cresceu lentamente.
Manhã,
tarde,
noite,
Dia, após dia.
Se aproveitando da minha distração e descuido.
Talvez até mesmo da minha displicência.

A rocha antes firme e sólida,
a quem mesmo a mais forte tempestade, jamais abalaria
Começou a sentir os efeitos da água, a medida que o líquem avançava
E como a praga verde não encontrou resistência,
revestiu a rocha e a deixou sem equilíbrio,
Pois a sua natureza estava modificada.

Bastava um chuvisco, uma garoa.
Para que aquele castelo pétreo se mostrasse frágil.
Numa chuva mais forte a grande pedra rolou, mas foram poucos metros.
Poderia ser a salvação, pois pedras que rolam não criam limo.

Ledo engano,
neste caso foi a sentença fatal.
O musgo tomou conta da única parte que não conseguia abraçar,
e na primeira chuva, o desmoronamento ocorreu.
Rumo a borda do precipício e de lá ao fim."

Quando te conheci, me perdi.
E nessa perdição, me achei.
Me fiz de surdo aos teus sinais mudos, de algo dentro de ti era mais forte.
Maior que sua fortaleza em enfrentar o mundo, a todos.
O ciume corroeu tudo, como ferrugem ao ferro com o tempo.
Na ordem do dia, não deveria haver mais nada, só você.

Tudo e todos eram seus inimigos,
nada a que me dedicasse que não fosse você ou por você valia
Meu trabalho, amigos, cachorro, casa
Nada era bom, só haviam defeitos.

Agora vejo isso claramente,
a distância.
Da beira do precipício, pois eu não caí.
Estou aqui de pé, olhando, vivo.
O amor que um dia foi rocha, se desfez, virou areia
Que o vento do tempo vai espalhar e levar pra longe