quinta-feira, 4 de setembro de 2008

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Um beija-flor invadiu meu silêncio,
E nesse reino tão calmo,
Agitando suas asas
fez-se presente como uma trovoada

Mas saiu em silêncio da minha casa,
Mas não da minha vida
Não sei o que quero e o que sinto.
Como "O Quereres" de Caetano e as palavras de tantos outros,
me vejo confuso.

Talvez nem devesse escrever essas palavras
ou até mesmo deveria, mas não torná-las públicas.
Ficarei sereno em minha batalha interna
E mesmo sabendo que o colibri poderá não voltar
Darei rumo ao meu amor.

Talvez negar tudo em que acreditamos possa ser uma outra forma de enxergarmos
Nem melhor a realidade, mas voltarmos a ver algo
Distante de tudo, distante de todos

Mas se em meu jardim ainda infecundo, faltar passáros e cantos
De certo não poderia viver alegre um beija flor
Pois ao querer beber em minhas fontes e cores
Só encontraria deserto e dor

Trabalharei dedicado e com amor
A tratar dessa terra
Com amor e perseverança
para um dia acolher ao colibri
ou sua doce lembrança

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